Jerônimo Vingt-un Rosado
Maia nasceu em 25 de setembro de 1920, filho de Jerônimo Rosado e dona Isaura
Rosado Maia. Era o vigésimo primeiro filho de uma família numerosa. O nome vem
exatamente da sequência à ordem numérica francesa dos nomes que Jerônimo Rosado
dava aos filhos,
Segundo o biógrafo
Geraldo Maia, Vingt-un teve uma infância normal e desde cedo se dedicou aos
empreendimentos intelectuais, preferindo acompanhar a atividade do irmão mais
velho, Tércio, filho do primeiro matrimônio do seu pai, que era um homem culto,
poeta, amante dos livros e pioneiro do cooperativismo no Estado. E foi ainda na
juventude que começou a cultivar o gosto pelos livros e pela pesquisa
histórica. Na adolescência atuou como bibliotecário no Colégio Santa Luzia.
Em 1940 partiu para
Lavras/MG para estudar agronomia, onde desenvolveu gosto pelos livros, as
letras e a pesquisa. Concluindo o curso em novembro de 1944, voltou para
Mossoró para desenvolver atividades junto à empresa familiar que atuava na área
de exploração de gesso e paralelamente começou a desenvolver um trabalho no
campo cultural, que culminou com a criação da Coleção Mossoroense.
CAMINHO DA CULTURA
Apesar de pertencer à
tradicional família de políticos que comanda Mossoró por gerações, preferiu
enveredar mesmo pelo caminho da cultura. Na verdade, chegou mesmo a disputar
dois cargos eletivos. A primeira vez candidatou-se a Prefeito de Mossoró,
perdendo por uma margem de 0,4% em 1968. Em 1972 elegeu-se vereador com a maior
votação proporcional da história de Mossoró, até aquela data. Mas foi mesmo na
área cultural que se destacou, tornando-se ícone da cultura local. Em 1940, com
apenas 20 anos, publicou o seu primeiro livro, que recebeu o título de
“Mossoró; seguiram mais de 200 obras voltadas para a antropologia e estudo das
secas.
Vingt-un esteve sempre
presente em várias frentes de atividade cultural, tanto no município como no
Estado. Foi professor fundador de três faculdades e idealizador da URRN, hoje
Universidade do Estado do Rio Grande do Norte. Fundador e duas vezes diretor da
ESAM, hoje Universidade Federal Rural do Semiárido e professor Honoris Causa da
UERN.
Integrou o
Conselho Estadual de Cultura, foi membro de quatro Academias em dois Estados da
Federação, tendo sido criador e ex-presidente de duas delas, a Academia
Norte-rio-grandense de Ciências e a Academia Cearense de Farmácia. Faleceu em
21 de dezembro de 2005, aos 85 anos de idade, deixando uma imensa contribuição
intelectual para a história do Rio Grande do Norte.
FONTE – PORTAL NO AR
Nenhum comentário:
Postar um comentário