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segunda-feira, 14 de outubro de 2019
VINGT-UN ROSADO: UMA VIDA DEDICADA AO AMOR ÀS LETRAS
VINGT-UN
ROSADO: UMA VIDA DEDICADA AO AMOR ÀS LETRAS
Agrônomo, professor, político, escritor, um homem multifacetário
que deixou importante legado no plano cultural e educacional no município.
Assim seria um resumo simplório da vida do saudoso mestre Vingt-un Rosado, o
último dos filhos do farmacêutico Jerônimo Rosado. Amanhã, o “feiticeiro das
letras”, como era conhecido, completa 10 anos de sua partida.
Um homem simples que pedia dinheiro emprestado para editar
livros destinados à doação. Um bravo, inteligente, perspicaz, que deixou um
legado de conquistas para o povo mossoroense como a fundação da Escola Superior
de Agricultura de Mossoró (Esam) – hoje, Universidade Federal Rural do
Semi-Árido (Ufersa).
Vingt-un Rosado também teve forte participação no movimento de
efetivação de bibliotecas públicas, da instalação do Museu Lauro da Escóssia e
na criação do curso de Antropologia Cultural. Todavia, sua maior contribuição
para a cultura local foi a Coleção Mossoroense, que é ligada à Fundação
Vingt-un Rosado.
FONTE - O MOSSOROENSE
JERÔNIMO VINGT-UN ROSADO MAIA
Jerônimo Vingt-un Rosado
Maia nasceu em 25 de setembro de 1920, filho de Jerônimo Rosado e dona Isaura
Rosado Maia. Era o vigésimo primeiro filho de uma família numerosa. O nome vem
exatamente da sequência à ordem numérica francesa dos nomes que Jerônimo Rosado
dava aos filhos,
Segundo o biógrafo
Geraldo Maia, Vingt-un teve uma infância normal e desde cedo se dedicou aos
empreendimentos intelectuais, preferindo acompanhar a atividade do irmão mais
velho, Tércio, filho do primeiro matrimônio do seu pai, que era um homem culto,
poeta, amante dos livros e pioneiro do cooperativismo no Estado. E foi ainda na
juventude que começou a cultivar o gosto pelos livros e pela pesquisa
histórica. Na adolescência atuou como bibliotecário no Colégio Santa Luzia.
Em 1940 partiu para
Lavras/MG para estudar agronomia, onde desenvolveu gosto pelos livros, as
letras e a pesquisa. Concluindo o curso em novembro de 1944, voltou para
Mossoró para desenvolver atividades junto à empresa familiar que atuava na área
de exploração de gesso e paralelamente começou a desenvolver um trabalho no
campo cultural, que culminou com a criação da Coleção Mossoroense.
CAMINHO DA CULTURA
Apesar de pertencer à
tradicional família de políticos que comanda Mossoró por gerações, preferiu
enveredar mesmo pelo caminho da cultura. Na verdade, chegou mesmo a disputar
dois cargos eletivos. A primeira vez candidatou-se a Prefeito de Mossoró,
perdendo por uma margem de 0,4% em 1968. Em 1972 elegeu-se vereador com a maior
votação proporcional da história de Mossoró, até aquela data. Mas foi mesmo na
área cultural que se destacou, tornando-se ícone da cultura local. Em 1940, com
apenas 20 anos, publicou o seu primeiro livro, que recebeu o título de
“Mossoró; seguiram mais de 200 obras voltadas para a antropologia e estudo das
secas.
Vingt-un esteve sempre
presente em várias frentes de atividade cultural, tanto no município como no
Estado. Foi professor fundador de três faculdades e idealizador da URRN, hoje
Universidade do Estado do Rio Grande do Norte. Fundador e duas vezes diretor da
ESAM, hoje Universidade Federal Rural do Semiárido e professor Honoris Causa da
UERN.
Integrou o
Conselho Estadual de Cultura, foi membro de quatro Academias em dois Estados da
Federação, tendo sido criador e ex-presidente de duas delas, a Academia
Norte-rio-grandense de Ciências e a Academia Cearense de Farmácia. Faleceu em
21 de dezembro de 2005, aos 85 anos de idade, deixando uma imensa contribuição
intelectual para a história do Rio Grande do Norte.
FONTE – PORTAL NO AR
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